Judo tem embaixadores de ética no desporto
@JM | 12 maio 2020
Quando associações e clubes da modalidade são valorizados pelos poderes públicos e lhes são associadas referências positivas que extravasam a mera atividade desportiva sentimos que está a ser feita justiça. De fato o judo tem destas coisas. Os seus contornos são difíceis de delimitar tendo em conta as várias práticas que ele incorpora. É desporto, sim claro, mas não só.
A recente atribuição da Bandeira da Ética pelo IPDJ – Instituto Português da Juventude a clubes de judo tendo por base os resultados do concurso levado a efeito no âmbito do Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED) revela que as agremiações desportivas ligadas à modalidade desenvolvem um trabalho meritório e em profundidade no plano do desenvolvimento e coesão social.
Bandeira da Ética
Recordemos que “a implementação e operacionalização da Bandeira da Ética compete ao Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (IPDJ, I.P.), através do Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED) , mediante a criação de uma marca de qualidade das iniciativas desportivas, a qual deve ser potenciada pelas entidades certificadas dentro e fora da sua organização. Na sua conceção contou com o apoio da Universidade dos Valores” como afirma o IPDJ dinamizador de todo o processo.
Candidatura aprovadas
Das candidaturas apresentadas a nível nacional foram retidas organizações ligadas a diversas modalidades desportivas, do futebol ao karaté, e do judo emergiram entidades como o Sport União Sintrense-Judo, o GR Gonçalvinhense-Judo, a Escola de Judo Nuno Delgado, a Turma dos Judokinhas e a 4Judo Project.
Validade da certificação
Com um sentido de valorização do “potencial educativo e ético do desporto enquanto escola de vida é infindável” a certificação da Bandeira da Ética “tem a validade de dois anos, a contar da data em que é emitida, não sendo renovável automaticamente” como clarifica i regulamento da iniciativa.
Outras situações
As entidades “embaixadoras do judo” nesta operação de credibilização do desporto na sua relação com a ética não são tirocinantes nestas andanças e nesse plano importa referir que a Turma dos Judokinhas, a título de exemplo, já tinha sido distinguida e premiada no âmbito desta iniciativa e ainda, face “à assertividade e relevância do seu projeto”, capa de rosto da campanha dos Prémios BPI “la Caixa” 2019 Infância”, como referem os seus responsáveis. Neste campo importa salientar que a denominação do projeto “Ajudo a Integrar” que integra judo na sua composição, tem como racional “proporcionar a prática desportiva regular, na modalidade de judo, a crianças dos 4 aos 12 anos de idade em situação de pobreza, em dificuldade económicas e situação de vulnerabilidade social” como é referido na candidatura apresentada em 2020.
Bandeira da Ética
Certificação e promoção dos valores éticos
A «Bandeira da Ética» compreende os objetivos:
- Inovar, mediante a criação de uma metodologia para certificação dos valores éticos no desporto;
- Garantir uma metodologia flexível e útil para todo o tipo de agentes do sistema desportivo;
- Implementar um processo que identifique e promova boas práticas no desporto;
- Promover a visibilidade de iniciativas multiplicáveis e reconhecer a ação dos agentes do sistema desportivo.
A «Bandeira da Ética» assenta numa plataforma tecnológica que viabiliza duas principais funcionalidades:
- Submissão de candidaturas à certificação que se refere ao próprio processo de obtenção da acreditação;
- Repositório de boas práticas constituído por um conjunto de recursos de excelência, disponível para consulta por parte da comunidade
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