KARATE | Decidi sonhar sem limites

JM | 26-08-2020 | Foi há pouco mais de ano que Patrícia Esparteiro conquistou a medalha de Bronze nos Jogos Europeus de Minsk. A karateca da seleção nacional, que colocou o karate no pódio da capital da Bielorrússia e nas contas das 15 medalhas conquistadas, também está a viver este período de pandemia COVID-19 de forma muito peculiar. Fomos ao seu encontro para conhecer a realidade dos atletas de Alto Rendimento das modalidades vizinhas do judo.

Foi Patrícia com o seu espírito combativo e sonhador que confessou que “antes de chegar a Minsk, lia algumas das palavras de Telma Monteiro onde referia que temos que sonhar como crianças, sem medos.. De certa forma, fez-me incrivelmente sentido!! Por vezes o português esquece-se de SONHAR, embora sejamos um povo de conquistadores às vezes tendemos a querer esconder esse nosso ADN! Decidi sonhar sem limites”

E a entrevista seguiu o seu caminho sobre temas atuais:

Judo Magazine | JM – Já ouvimos dizer que fazes uma avaliação positiva deste período de pandemia porque tirastes partido de uma maior disponibilidade para aprofundar algumas áreas técnicas enquanto que no passado recente só treinavas para a competição. Isto significa que os competidores de alto rendimento deveriam ter ciclicamente este tipo de paragem?
Patricia Esparteiro | PE – Não propriamente, ou melhor, existe sempre este tipo de paragem,  quando o atleta está em pré-época. O que aconteceu durante a pandemia foi que tivemos um grande tempo de reflexão e de trabalho de aspetos básicos a grande nível, entre selecionador nacional/atleta.


JM – Tu própria também descobristes durante o confinamento que o espaço casa poderia ser mais utilizado na prática do karaté. Isso pode significar que os espaços para a prática da modalidade também vão ser mais diversos no futuro e não se vão apenas circunscrever ao dojo?
PE – Não foi uma descoberta recente, há bastante tempo que por vezes treinava em casa. Felizmente pratico uma modalidade que pode ser praticada em qualquer lugar. Mesmo em campeonatos quando não nos é permitido treinar no lugar mais apropriado, arranjamos sempre solução, seja nos corredores do hotel, parques de estacionamento, numa sala… Há sempre solução, um pequeno espaço é suficiente! Mas claro que o dojo é o dojo, e há de ter sempre prioridade.


JM – Os Jogos Olímpicos em 2024 eram uma meta concreta e potencialmente realizável. Como seria o processo de preparação tendo em conta os constrangimentos atuais?
O karaté, infelizmente, já não será modalidade olímpica em 2024, portanto está sem efeito

© Fotos cedidas por PE

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