LIGA DE OURO | Fui uma das 17 participantes a ganhar os prémios da IJF

JUDO MAGAZINE | 4 de março 2021 | Liga de Ouro

Eu sou a Didi. Ou se preferirem, a Diana Fradique. E não podia deixar de estar presente nesta Liga de Ouro, até porque integrei o lote dos 17 finalistas da Golden League da Federação Internacional de Judo. Mas querem mesmo saber coisas sobre mim?

Afinal quem sou eu?

A minha mãe, Susana, diz-vos tudo e mais alguma coisa sobre mim. Às vezes ela exagera, mas dêem-lhe algum desconto, mãe é mãe. Ora leiam lá.

A Diana tem 9 anos, é de Lisboa e pratica judo desde os 3 anos de idade, na Escola de Judo Nuno Delgado. O treinador Luís Serra acompanha a Diana desde o seu primeiro contacto com o judo, com muita dedicação e entrega pela passagem do ensinamento desta modalidade e pelos seus valores e código moral. A Diana é muito dedicada ao judo e tem um gosto enorme pela competição, participando em todas as convocatórias para os encontros e torneios para o seu escalão. Sendo uma criança com uma grande energia e muito sociável, o Judo sempre ajudou a Diana a concentrar-se, a ter objetivos e trabalhar para os atingir.

A Golden Card que escolhi

Escolha da Golden Card: A Golden Card que escolhi é do nosso Jorge Fonseca, pois tenho uma grande admiração por ele. É muito forte e muito concentrado nos combates e mereceu ser campeão do mundo em Tóquio 2019. Tem uma técnica para projetar que gosto e é muito eficaz. Gostava que ganhasse uma medalha olímpica e desejo que continue a sua carreira por muito tempo e que um dia façamos um treino juntos.

O esforço compensa!

Quando o meu treinador desafiou-me a entrar neste torneio, fiquei cheia de vontade porque não tínhamos competição há algum tempo, por causa da pandemia. Apesar de ser virtual, não deixei de ficar entusiasmada e sabia que podia ganhar alguns prémios. Já conhecia a maior parte dos exercícios e queria dar o meu melhor neste torneio para me superar. Por vezes não era fácil conciliar as aulas, os treinos e a gravação dos vídeos pois, ou estava cansada, ou a minha mãe estava muito atarefada, mas arranjámos sempre tempo para os fazer, nada é impossível. Fiquei muito feliz de ter feito todos os exercícios e mostrou que o esforço compensa, pela sensação de objetivo cumprido.

A importância do apoio da minha família

O apoio da minha família é muito importante para mim porque sempre me ajudaram a ser melhor e não desistir. Para além de me acompanharem nos treinos e de me darem os equipamentos que preciso, a minha mãe preocupa-se muito com a minha alimentação. Na gravação dos vídeos, às vezes sentia-me cansada, mas os meus pais ajudavam-me a ter forças porque sabiam que eu ia gostar de terminar os desafios. Nesta altura de pandemia, os meus pais ajudam-me a treinar em casa, fazemos atividade física em conjunto, vamos correr e andar de bicicleta.

Fui selecionada e ganhei prémios da IJF

Depois de todo o esforço em completar todos os desafios, fiquei ainda mais feliz por ter sido uma das 17 participantes a ganhar os prémios da IJF. Participaram judocas de várias partes do mundo e ter sido uma das selecionadas foi muito bom. Ganhei o livro “Judo for the World” com a história do judo e imagens espetaculares e também um peluche-mascote da IJF. Mas o mais importante foi ter terminado este torneio e não ter desistido. Gostava que houvesse mais competições assim, porque me animam e fazem-me bem. Espero muito ansiosa pelo regresso ao meu dojo e aos randoris que tenho muitas saudades.

Diana Fardique

Treinar em tempo de pandemia

Já treinava em casa como complemento, principalmente antes dos torneios, mas nunca pensei que não iria treinar no meu dojo com o meu treinador e os meus colegas. Por um lado, fico triste, mas por outro penso que mesmo assim, não parei de treinar! Faço treinos online com a regularidade dos meus treinos normais, esforço-me e divirto-me também. Participo também nos treinos de judo da minha mãe e vamos sempre correr a seguir. Estou sempre ativa e com energia. Quero muito regressar ao meu dojo, fazer treinos com os meus colegas e ir aos torneios, mas agora é tempo de não parar, porque há coisas na vida que não conseguimos controlar. Mas com a ajuda dos meus pais e treinador, tenho controlado o que consigo controlar: o meu esforço para continuar forte e a minha vontade em aprender mais sobre o judo.

Autora: Diana Fradique (revisto por Susana Martins) | Encarregada de Educação: Susana Martins (mãe)

Lisboa, 21 de Fevereiro de 2021

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