Rochele, não é justo perder assim
OS JOGOS NO DIA-A-DIA | Tóquio 2020 – Rochele Nunes
Na jornada dos gigantes a escala superlativa foi generalizada. Recordemos que foi jornada dos mais de 100kg em masculinos e mais de 78kg nos femininos. As emoções estiveram ao rubro e os desfechos dos combates foram revelando alinhamentos inesperados. O marketing tricolor impulsionador de Riner, como vencedor antecipado, não teve confirmação e o tão prometido “combate de Titãs” entre o gigante francês e o japonês Harasawa acabou por não acontecer.
O herói da jornada veio da República Checa, Lukas Krpalek, que ultrapassou o representante japonês na categoria de peso na meia-final e venceu o georgiano Tushishvili na final. Bashaev da Rússia que remeteu Riner para as repescagens ao derrotar nos quartos-de-final o gaulês, não conseguiu chegar à final e teve que contentar-se com a medalha de bronze. Note-se que Harasawa ao perder na meia-final com o atleta checo foi disputar o bronze com Riner que venceu o japonês e conquistou uma medalha para a França.
Rochele dominou o combate
Na prova feminina ainda ecoam as palavras de desalento e desespero de Rochele Nunes ao sair da área de competição, ainda antes de cair em lágrimas “Não é justo perder assim!”.
O combate contra a campeã cubana Idalys Ortiz, número um do ranking mundial, esteve à beira de um desfecho positivo para a atleta luso-brasileira mas acabou por ter um volte-face por via de um ataque de última recurso da cubana que teve sucesso, atendendo à eficácia da sua técnica de projeção.
Rochele que sentiu que tinha a eliminatória na mão não quis acreditar no que aconteceu e saiu da prova particularmente desiludida. Como ela afirmou, assim é uma clara injustiça para quem tanto lutou. Mas a verdade é que o desporto é isto mesmo. Até ao último segundo, tudo pode acontecer.
Fotos © IJF Sabau Gabriela & Di Feliciantonio Emanuele