A cobardia de Alain Schmitt ou a imperdoável violência sobre Margaux

INTERNACIONAL | Margaux Pinot

A recente agressão do companheiro e treinador de judo, Alain Schmitt, à atleta de renome internacional e recentemente campeã olímpica com a equipa mista de França, Margaux Pinot, revela bem que a questão da violência doméstica, e em particular sobre as mulheres, constituiu uma grave violação dos direitos humanos e uma forma de discriminação com impacto não apenas nas vítimas, mas na sociedade no seu conjunto.

Schmitt, que também é treinador de Madeleine Malonga e tem carreira desportiva como atleta na modalidade tendo sido medalha de bronze no Mundial de 2013 na categoria de peso de -81kg, foi preso pelas autoridades policiais às 2h30 da manhã depois de uma denúncia de um vizinho. Entretanto foi libertado.

Margaux divulgou a situação

“Durante a noite de sábado para domingo, fui vítima de uma agressão na minha casa pelo meu parceiro e treinador.
Fui insultada, levei com vários murros, a minha cabeça bateu no chão várias vezes e finalmente fui estrangulada.

Achei que estava morta mas consegui fugir para me refugiar na cas de uns vizinhos que imediatamente chamaram a polícia.

Tenho vários ferimentos, incluindo o nariz partido e 10 dias de interrupção temporária do trabalho.

Hoje os tribunais decidiram libertá-lo.

Qual é a sua defesa caluniosa contra minhas feridas e o sangue espalhado no chão do meu apartamento?
O que faltou afinal? A morte no final, talvez?

Provavelmente foi o judo que me salvou. E meus pensamentos também estão com aqueles que não podem dizer o mesmo”.

Alain Schmitt

Campanha #EuSobrevivi

Recentemente, para assinalar o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro e a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) lançaram a campanha #EuSobrevivi, que reforça a vigilância contra a violência doméstica e alerta para os desafios impostos pela pandemia COVID-19.

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