A Polónia sagrou-se campeã mundial de equipas e Portugal conquistou a medalha de bronze

publicado 2 de outubro 2022 | António da Costa na Madeira | Editado JM

Campeonato do Mundo JuDown por equipas

Equipas Hoje é domingo, dia de descan… ah não… Hoje é domingo, dia de Campeonato do Mundo JuDown por equipas.

Temos muito tempo para descansar depois. Vamos a eles rapaziada…. O dia volta a iniciar cedo. 7h30 é a hora certa para o pequeno almoço. A primeira carga de energia nas baterias para um dia que se adivinha em grande. O autocarro parte às 8h30 do hotel, para nos levar, pela última vez neste Campeonatos, ao pavilhão onde vamos voltar a subir ao tapete, nas agora como equipa.

A prova e os resultados

Vamos rapaziada. Saímos às 9 horas, um pouco mais tarde do que o previsto. 15 minutos depois já estávamos no pavilhão. Hora de vestir “as armaduras”. 10 horas avança a prova com o aquecimento a ser orientado pelos treinadores da Suécia. As equipas em provas são Portugal, Itália e Polónia, sendo que ainda houve uma equipa do Mundo, unicamente para demonstração, com atletas da Suécia, Croácia, Itália, Polónia e Portugal.

Portugal 1 -Polónia 4

Patrícia Oliveira -63 ganhou Paulo Lino -66 perdeu Carlos Martins -73 perdeu Diogo Corte -81 perdeu António Gomes +81 perdeu

Polónia 3 – Itália 2

Portugal 2 – Itália 3

Maria Ribeiro -63 ganhou Paulo Lino -66 perdeu mas foi o melhor combate de toda a prova Diogo Corte-73 ganhou Carlos Martins-81 perdeu Paulo Lemos +81 perdeu

A Polónia sagrou-se campeã mundial de equipas. A Itália Vice-campeão e Portugal medalha de bronze.

Foi disputado um encontro entre duas equipas de todo o mundo. Na equipa 1 Portugal apresentou António Gomes nos -81kg , e a equipa 2 foi Patrícia Oliveira nos -63kg que venceu o seu encontro. Este encontro teve a vitória da equipa 2.

Estas provas de equipas são sempre maravilhosas e empolgantes.

Foi um orgulho enorme estar com todos estes campeões e todo o apoio foi brutal das pessoas presentes. Grandes nomes do Judo Nacional como César Nicola, Sandra Godinho ou Paula Saldanha estiveram sempre presentes e sempre a apoiar. Depois da prova de equipas foi tempo de voltar ao hotel e almoçar. A fome , de ganhar e não só, nunca está saciada com estes campeões. 13 horas e voltamos ao restaurante para almoçar. É incrível como somos sempre bem tratados e com uma simpatia maravilhosa.

Tarde livre

Hoje temos tarde livre e vamos passear. Vamos… alguns. Outros preferiram um passeio no vale dos lençóis. O cansaço já é muito, e alguns campeões já se estão a ressentir. (Na verdade até eu já me ressinto). Pela primeira vez dividimos a equipa. Mas fiquei dividido se ficar ou partir. Se dormir um soneca ou passear. Optei pela segunda e fui ao passeio.

Éramos 6 “passeadores” e ficaram 6 “dorminhocos”. Fomos explorar o Parque de Santa Catarina. Infelizmente o museu do CR7 estava fechado. Só abrem de segunda a sexta, por isso não pudemos ver “as bolas de ouro”…. Às 19H tirámos fotografias com o staff do hotel. Era o que nos faltava fazer. Mais uma vez foram excelentes connosco.

Música, maestro

Como ainda era cedo para jantar, fomos até à porta do hotel fazer tempo e de forma improvisada fizemos uma sessão de música. Cada um interpretou uma música a seu gosto. Estávamos nós num momento animado quando apareceram os nossos amigos da Polónia. Claro que ao verem tão elevado espetáculo se juntaram a nós. Interpretaram musicas em polaco intercaladas com os nossos “cantores”. Como não se podia terminar de qualquer forma esta animada troca de experiências musicais, encerramos entoando A Portuguesa, seguido pelo hino da Polónia. Foi o evento improvisado que nos abriu o apetite para um jantar em “familia”.

Eu sou um felizardo por poder partilhar estas experiências com estes campeões. Ver os atletas, de várias nacionalidades, que mal falam a sua língua no que nós achamos ser corretamente, entenderem-se entre eles é simplesmente inexplicável.

Já viram um português a falar para um polaco, cada um na sua língua?

(deduzo que o outro falava polaco, porque eu não percebi nada do que ele disse), no final entenderem-se, rirem-se, darem um abraço e seguirem sorridentes cada um para o seu lugar? Eu já vi. Mas houve mais surpresas.

Carlos Martins, atleta Fair-Play

O espírito da nossa seleção era poder dar experiências a estes campeões. Tínhamos atletas que vinham para ganhar e outros que vinham pela experiência em si. Havia alguns que nunca tinham visto.sequer um avião. Acham que valeu a pena terem vindo? Para mim sim. Este é o nosso espírito, que pode não ser entendido por todos, mas é como entendemos que devemos estar nesta modalidade. Um atleta muito especial da nossa comitiva foi o Carlos Martins. Magnífico durante todo o evento. Muito educado, respeitador e que realizou mais combates que qualquer um dos outros nossos atletas. Mas ficou com uma medalha das equipas e um quinto lugar.

O Carlos foi escolhido como o atleta fair play na nossa comitiva e recebeu o Bicas, mascote da ANDDI, das mãos da capitã da seleção de basquete, como símbolo desse reconhecimento. Há pessoas que ganham muito mais do que as medalhas representam, e o Carlos é um exemplo disso mesmo. Terminamos o jantar e é hora de ir dormir.

Fotos da comitiva cedidas por António da Costa

António da Costa

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