Telma, um Grand Slam quase perfeito

4 de novembro, 2022

Prata de Baku confirma recuperação a muito bom nível

Três vitórias por ippon até chegar à final com Deguchi, um combate decisivo no qual a canadiense foi melhor na exploração das situações de maior risco, Telma Monteiro subiu ao segundo lugar do pódio depois de uma prova marcada pela consistência nas diversas etapas, com destaque para a meia-final que venceu de forma categórica contra a belga Mina Libber.

Neil Adams na sua análise à primeira jornada, ainda antes do bloco das finais, adiantava que em Baku estava a ocorrer um duplo movimento: muitos jovens a aparecer e a vencer e muitos atletas de idade mais avançada a recuperar os seus terrenos de eleição. Telma Monteiro (36 anos) integrava este segundo lote a par da sua opositora da final Degushi (27 anos).

A final dos -57 kg femininos retratou de forma exemplar esta avaliação do comentador e ex-medalhado olímpico britânico porque Deguchi está a regressar em grande forma depois da sua vitória em Zagreb em julho passado e Telma Monteiro está em recuperação acelerada depois da recente intervenção cirúrgica ao joelho, reposicionando-se de forma clara e categórica para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024.

A prata de Telma tem um significado desportivo evidente: temos Telma a um excelente nível competitivo, mas também um significado político em termos de notoriedade do desporto português no mundo. Telma é respeitada e valorizada a nível internacional. Difícil seria admitir que ela não o fosse, a nível nacional.

Fotos IJF © K. Tamara e Sabau Gabriela

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