7 de novembro, 2022

Rochele Nunes junta-se a Telma Monteiro na prata de Baku

Nada de confusões. Apesar da recente conquista das três medalhas de prata, em provas internacionais, ter sido obra de atletas do Benfica, a cor do troféu continua a ser a mesma. Prata. Mas as vitórias em causa não deixam de ser, ou ironia do destino ou então uma forma informal de passar uma mensagem subliminar: “Mandaram-nos treinar e calar. Pelos vistos a mensagem foi enviada para as atletas erradas”. Afinal de contas comprova-se que os atletas podem ser cidadãos, ter voz, agir em função do que entendem que é importante para eles e serem competitivos, vencedores e conquistaram posições cimeiras no judo internacional.

Bárbara Timo, Telma Monteiro e Rochele Nunes, três atletas que subiram ao pódio em Abu Dhabi e Baku, levando o judo nacional ao mais alto nível mundial, são consideradas potenciais alvos de processos em tribunal por parte da federação desportiva que as enquadra. A situação é no mínimo bizarra. Será que o desconforto existente, que o incómodo da situação e que a incompatibilidade entre beneficiar do prestígio mundial destas atletas a colocá-las numa situação de “párias da modalidade” é razoável?

Os likes, os parabéns, os elogios chovem, mas as ações para recolocar o judo nacional na praça pública com uma imagem pública de seriedade tardam. Da parte de todos aqueles que podem fazer algo para que a situação criada evolua para um terreno positivo, antes de mais no plano interno, os próprios membros da Federação e os diversos representantes da modalidade, importa relembrar o que significa HAJIME!

Fotos © K. Tamara IJF

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