Fazer o que vale a pena

A época festiva para as pessoas, para as famílias e para as instituições, que o Dia de Reis encerra com chave de ouro a 6 de janeiro, apresenta sempre um atrativo para além da gastronomia convivial, dos encontros e reencontros e de muitos outros ingredientes particularmente emocionantes que são as prendas.

Elas valem muitas vezes muito mais pelo que representam simbolicamente do que pelo valor facial do que é oferecido.

Este ano o nosso magazine – Judo Magazine – foi agraciado com algumas prendas e na verdade foram todas elas importantes e dignas de um agradecimento especial. Mas, para sermos totalmente verdadeiros teremos que destacar uma oferta que nos sensibilizou particularmente: uma moldura corrente com uma fotografia na qual ficou registada a situação da animação da Oficina de Jovens Repórteres do Bairro que dinamizámos em Aveiro em parceria com a Associação 4judo Project.

Esta iniciativa inserida no projeto REAÇÃO, que foi apoiado pelo Programa Bairros Saudáveis, contou com a nossa participação na vertente comunicação. A oportunidade para sensibilizar jovens para produzirem conteúdos e assumirem as ações de escrita e de produção multimédia constituiu um autêntico desafio para todos os participantes.

E o que fizemos exatamente?

Definimos conjuntamente alguns princípios sobre as ações de comunicação local abordando aspetos teóricos, técnicos, éticos e operacionais. Uma das pedras de toque deste ponto de partida foi a adoção do conceito de jornalismo cidadão.

Uma das abordagens facilitadoras de uma Oficina com estas características reside na valorização das competências de cada um dos elementos presentes e na organização da livre-escolha da área de atuação futura. A escrita, a fotografia, o vídeo, a reportagem, o vídeo participativo, são muitas as áreas de potencial envolvimento dos jovens participantes no processo produtivo coletivo.

Sendo uma Oficina a vertente prática tem que estar presente e o plano de trabalho implicou ir para a rua e procurar na paisagem, nos espaços percorridos, nos terrenos visitados elementos de auto-organização para a produção de conteúdos.

Esta Oficina foi apenas um primeiro passo de sensibilização. A sua continuidade depende muitas vezes de meios e de apoios que não é fácil encontrar porque a comunicação colaborativa ainda não se transformou numa prioridade das instituições que dinamizam a modalidade. Mas não ha nada melhor que lançar semente à terra. E todo e qualquer clube ou associação distrital pode organizar uma Oficina no seu quadro de atuação. Fica o desafio!

A prenda da 4Judo project fica como um marco do ano de 2022 e como um sinal de esperança nesta matéria, para futuro.

©carlosribeiro

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