09/02/2025
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Cinco categorias de peso na primeira jornada do Grand Prix de Portugal

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Mimi Huh (KOR)

Mimi Huh, atleta da República da Coreia, fez da Campeã do Mundo Rafaela Silva gato de sapato na final da categoria de peso de -57 kg. A atleta brasileira, que chegou ao combate decisivo com muitas dificuldades, teria teoricamente todas as condições para renovar o título que conquistou no ano passado em Almada não fosse a irrequieta e dominadora Mimi Huh. A coreana deu uma autêntica lição sobre como os gigantes devem enfrentar os Titãs. Sim, Huh que conquistou a medalha de bronze em Jerusalém e venceu o Grand Slam de Abu Dhabi em outubro passado não é uma challenger e é mesmo a nona classificada do ranking mundial. Mas vencer daquela forma dominadora e sem erros a grande competidora que é Rafaela Silva, é obra!

Mimi Huh (KOR)

A par de Huh importa destacar nesta primeira jornada duas outras competidores que marcaram a prova pela sua capacidade de resistência e de luta por objetivos. Queremos mencionar a finalista do Casaquistão em -48 kg Galiya Tynbayeva que disputou o Golden Score decisivo da meia-final com Catarina Costa que durou 11:14 minutos e que eliminou no seu primeiro combate a francesa Melanie Vieu (FRA). Por outro lado a italiana Capanni (ITA) que na meia-final foi derrotada por Rafaela Silva (BRA) depois de um Golden Score de 11:05 acabou por ultrapassar, na conquista do bronze, a sempre difícil Marica Perisic (SRB), que foi derrotada de forma categórica.

Fukuda e Tilovov

No judo masculino o destaque vai para os dois vencedores em -60 kg e -66kg com uma referência particular ao judo de precisão do japonês Yamato Fukuda (JPN) na primeira categoria de peso, veja-se o juji-gatame sobre Garrigos (ESP) na final que parece a coisa mais simples do mundo a executar. Por outro lado Tilovov do Uzbequistão, frente a AN Baul da República da Coreia, demonstrou que a combinação tática-técnica-resistência ofensiva é quase uma garantia de vitória quando executada com rigor e de forma sistemática e permanente.

Catarina lutou até ao limite das forças

Catarina Costa (POR) lutou. Uma meia-final que fica para a história da participação da atleta da Académica de Coimbra em provas internacionais. João Neto orientou com lucidez e terá sido decisivo quando a adversária jogou na pressão sobre os limites da área de competição numa fase que a terceira penalização daria tudo a perder. Tudo indicava que ultrapassada a fase mais crítica de desgaste do Golden Score Catarina iria dar a volta por cima. Não aconteceu, mas foi uma prova disputada nos limites com o resultado inverso ao desejado pela atleta de Coimbra. Na disputa do bronze a atleta espanhola Lapuerta, que vinha de ultrapassar Andrea Stojadinov no primeiro combate da repescagem, surgiu no combate com estímulos adicionais e a sua atitude combativa constituiu a base da vitória que remeteu Catarina Costa para o 5º lugar.

Catarina Costa

Uma menção positiva para os atletas lusos que venceram os seus primeiros adversários como foi o caso de Emerson Silva, Ricardo Pires, Raquel Brito, Miguel Gago e Maria Siderot.

Uma referência final às atletas que são maioritariamente orientadas no banco por treinadores masculinos. É quase uma invariável. Mas uma brisa de ar fresco veio da final em -57kg na qual Rafaela Silva e Mimi Huh beneficiaram do apoio exterior ao tapete da parte de duas selecionadoras, elas também mulheres.

Selecionadoras do Brasil e da República da Coreia

O Grand Prix de Portugal prossegue amanhã com as categorias de peso intermédias.

Fotos © IJF Kulumbegashvili Tamara

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