POSTAIS DE ALMADA – A festa dos cadetes (1)
Um encontro de desporto, de emoções e de muitos abraços
Não há dúvida que a prova é levada muito a sério. Por todos, sem exceção. Não se trata de uma competição de importância menor, antes pelo contrário, todos investem nela como se fosse a mais importante das suas vidas. Sendo muito competitiva, a diferença no entanto reside em elementos distintivos que se sentem nos corredores, nas bancadas e nos espaços indiferenciados do pavilhão.
Pequenos grupos de jovens atletas ouvem os seus treinadores e trocam impressões com boa disposição, nos momentos de síntese de experiência e de reflexão sobre os combates que acabaram de ocorrer. Ao contrário das provas dos mais adultos aqui sente-se o peso do coletivo. Sente-se a entre-ajuda, sente-se uma relação pedagógica dos treinadores, dos dirigentes e dos familiares.
As bancadas fazem o resto na construção informal do ambiente festivo e bem-vivido da prova. Há momentos para tudo. Para acompanhar o combate preferido, para comunicar com os amigos e as amigas, para acompanhar o Grand Slam de Paris a distância, para comentar as decisões da arbitragem ou até de partilhar, como atletas, as experiências do último combate realizado na área de competição.
A festa dos cadetes é de alguma forma a festa da esperança. O futuro da modalidade vem visitar o presente e diz-nos como ele será dentro de alguns anos, numa versão tímida, incompleta, quase ingénua. Mas ele que está aí. E se o futuro for festa, melhor ainda!
REPORTAGEM JUDO MAGAZINE | fotos©JM