Uma atitude desrespeitadora da cultura do judo

CHKHVIMIANI (GEO) desclassificado, recusou-se a saudar o adversário e a aceitar a decisão da arbitragem

Foi no mínimo chocante ver o atleta georgiano CHKHVIMIANI, que atingiu a fase de disputa da medalha de bronze em Tashkent na categoria de peso de -60kg, e que tendo sido desclassificado por ataque irregular (com execução simultânea de chave ao braço do adversário), recusar cumprimentar o seu adversário YUSIFOV (AZE), tendo-o mesmo afastado gestualmente, e negar-se a acolher a decisão do árbitro central que indicou o vencedor sem a respetiva aceitação por parte de quem foi derrotado.

Tudo indica que o risco de contaminação não é grande. Os atletas reagem quando sentem que a decisão da arbitragem não está certa para eles, mas em gestos comedidos. Há sempre aquele pequeno período de insatisfação e de sinalização de pretensa injustiça, mas a experiência dos atletas revela que muitas das vezes a sua perceção da situação era unilateral e que numa segunda e terceira revisão do combate acabam por ajustar a sua posição aquela que a mesa de arbitragem que, na dificuldade e com o tempo disponível para analisar, acabou por decidir da melhor forma possível. Isto não significa que não haja erros de arbitragem, mas tão só que não serão sistemáticos e muito menos voluntários.

Recentemente um treinador afirmava que nada melhor para uma relação sã entre árbitros e atletas nas competições que os competidores se envolverem na arbitragem, na justa medida, mas com a possibilidade de viverem os dois lados da “barricada” de forma pedagógica e com um verdadeiro sentido de aprendizagem

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