Foi como se a Joana dissesse “Estou aqui!”
Depois de Raquel Brito, Joana Crisóstomo conquista o bronze em Roma
Joana Crisóstomo no seu ataque vitorioso sobre a sua adversária britânica Kelly Petersen Pollard
A atleta da Lusófona, que ficou isenta da primeira eliminatória, precisou de ultrapassar Feng da República Popular da China para lutar por uma presença na meia-final. Mas nos quartos-de-final Irene Pedrotti (ITA) foi mais forte e Joana seguiu para a repescagem. No combate contra Schuster da Eslovénia, atleta júnior que vencera na semana anterior o Open Europeu de Lignano, um ippon aos 22s deu a vitória a Joana Crisóstomo que disputou de seguida a medalha de bronze.
Kelly Petersen Pollard da Grã-Bretanha, que perdeu na meia-final contra a marroquina Assmaa Niang, iniciou bem o combate e as duas atletas equivaleram-se durante toda a fase de estudo mútuo e de tentativas de ataque nos dois sentidos. A atleta britânica por várias vezes aplicou um Tai-otoshi muito consistente e colocou em perigo a atleta lusa. Mas foi precisamente no pé de apoio à direita de Pollard que Joana Crisóstomo atacou aos 2 minutos com um yoko-otoshi finalizado com sucesso com ko-soto-gake que lhe valeu um wazari e a vantagem no marcador.
Joana está forte. O seu judo está a crescer e a afirmar-se neste cenário de nível superior ao dos anos anteriores nos quais obteve também bons resultados. Certamente precisará de rodar ao mais alto nível para consolidar esta sua capacidade e até ir mais além.
Roma, com duas medalhas de bronze, fica nos registos de excelência do judo nacional. E apesar de não terem atingido objetivos mais significativos importa destacar as boas performances nos masculinos de Emerson Silva, Lucas Bernardo, Manuel Rodrigues, Diogo Brites e João Crisóstomo que venceram um combate.
Os momentos críticos de um combate. Na corda bamba. Ou vai para um lado, ou vai para o outro.
Fotos © Emanuele Di Feliciantonio – UEJ