Miguel Vieira de prata na cidade da Grande Biblioteca
O Grand Prix de Alexandria IBSA no percurso para Paris 2024
O Borj Al Arab Sports Hall em Alexandria, no Egipto, acolheu esta importante prova do judo paralímpico da International Blind Sports Federation.
Na cidade que simbolicamente representa o conhecimento na sua dimensão mais atribulada, atendendo às diversas ocorrências que marcaram a história da Grande Biblioteca de Alexandria até ao dia da sua destruição definitiva passando pela sua recente reedificação, já no século XXI, os atletas paralímpicos deram nota dos valores da diversidade.
O saber dos outros
Afinal o que sabem os atletas paralímpicos, no judo, que os outros não sabem? Podem saber menos, mas sabem muito mais.
Que mensagens capturam no kumi-kata, pelas sensações, que os outros interpretam apenas como força? Que leitura fazem do respirar do adversário e lidam com a dúvida por não terem todos os canais de interpretação como a comunicação gestual e a expressão facial? Mas a própria dúvida é intrínseca aos processos complexos do próprio conhecimento.
Na cidade de Alexandre o Grande, do Farol das maravilhas do mundo e da Grande Biblioteca, que hoje apresenta uma configuração moderna com museus, auditórios, laboratórios e planetário, Miguel Vieira conquistou uma preciosa medalha de prata que alimenta a grande esperança de Paris 2024.
Por sua vez Ruben Gonçalves, em -73kg, realizou um excelente combate contra o atleta coreano Kim e só perdeu para o seu adversário depois de ocorridos quase 3 minutos do Golden Score.
A Coca-Cola no tatami
Um dos patrocinadores do Grand Prix de Alexandria foi a Coca-Cola Egtpt. A presença de imagens de garrafas com bebidas fortemente açucaradas e claramente no registo dos refrigerantes é no mínimo chocante. O mundo dos negócios abraça com o seu colete forças o desporto através da publicidade, mas andarem quase dentro do tapete com os atletas ….ultrapassa todos os limites.
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