Doha, Congresso IJF e Mundiais 2023
No Qatar está reunido o judo internacional e os atletas pensam nos títulos e nos pontos para Paris 2024
Talvez a matéria mais relevante que nos vem da capital do Qatar é aquela que resulta da decisão da IJF em autorizar a participação de atletas e dirigentes russos e bielorussos nos Campeonatos do Mundo de Doha mediante uma confirmação de uma total neutralidade dos candidatos à participação face ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Congresso Ordinário
Uma empresa especializada pesquisou, na linha da investigação policial, as declarações e as abordagens à guerra que os candidatos a participarem no Campeonato do Mundo de Doha terão realizado nos últimos tempos, principalmente nas redes sociais, e indicará quem deve ser recusado ou aprovado para competir nos Mundiais que começam dia 7 de maio. Oito dirigentes russos já foram filtrados e impedidos de participar na prova de Doha.
Não deixa de ser um método controverso porque a decisão sobre um país é algo que pode encaixar-se na linha das sanções (veja-se o impedimento dos atletas russos competirem em provas internacionais de atletismo por doping generalizado) outra é sobre atletas individuais que indo competir debaixo de uma bandeira neutra, são duplamente sancionados: não podem competir debaixo da bandeira do seu país e não podem ter opiniões sobre o conflito favoráveis ao seu país.
Claro que o acesso aos pontos para Paris 2024 surge como uma grande motivação para todos estes atletas que esperam que esta abertura estreita lhes abra um caminho que consideravam praticamente vedado.
Uma delegação da FPJ está presente no Congresso liderada pelo atual Presidente Sérgio Pina.
Catarina Rodrigues, Sérgio Pina e Nuno Carvalho em Doha
São Tomé e Príncipe no Congresso da FIJ
Representantes da Associação Judo Global, que tem vindo a assumir funções de estrutura federativa do judo santomense no arquipélago, estiveram no Congresso Ordinário da FIJ passando a integrar o lote de estruturas que representam o judo em cada país nas instâncias internacionais.
Nova Secretária-Geral da FIJ
Lisa Allan (GBR) substituiu Jean-Luc Rougé (FRA) na função de coordenação geral da Federação internacional, tendo sido aos olhos de todos uma passagem de testemunho perfeitamente natural atendendo às atividades que a britânica já desempenhava na organização de provas e de eventos a nível internacional.
O onze luso forte e desequilibrado
Para além de Telma Monteiro, que nunca participa em provas que não seja, pelo menos, para chegar ao pódio, Patrícia Sampaio, Bárbara Timo, Catarina Costa e Anri Egutidze são potencialmente aqueles que poderão ir mais longe e até chegar às medalhas. Recorde-se que recentemente Anri, numa prova inesquecível, chegou à medalha de bronze na Hungria, em 2021, depois de ultrapassar Muki e De Witt. Joana Diogo, Maria Siderot, João Fernando e Rodrigo Lopes podem surpreender e chegar a posições de destaque enquanto que as mais jovens representantes do judo nacional, Raquel Brito e Joana Crisóstomo terão oportunidade de demonstrar o grande valor que têm num contexto competitivo particularmente exigente.
Fotos © IJF e FPJ