Campeonato Africano contou também com Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe (3)
Angola no oitava lugar da Classificação Geral em Casablanca
Pedro Guarinho enquadrou tecnicamente a participação de Roldeney de Oliveira (STP)
O primeiro balde de água fria caiu em Casablanca, logo na primeira jornada, quando Pedro Edmilson (-66 kg) vencedor em Dakar e Yaounde em 2022 e em Luanda em 2023, foi afastado no seu primeiro combate pelo atleta dos camarões David Koung. Para Angola era desde logo a expectativa de uma medalha que se perdia e simultaneamente uma desilusão coletiva para toda a comitiva.
Andreza António em -57 kg conquistou a medalha de bronze tendo por opositora uma colega de seleção que atingiu a meia-final, Jeovana Freire. Diassonema Mucungui (ANG) cedeu apenas na final dos -63 kg perante Amina Belkadi (ALG) e consequentemente conquistou uma medalha de prata que foi arrancada a ferros, tendo acontecido percurso e resultado similar a Maria Niangi, em – 70kg, que também subiu ao segundo lugar do pódio.
Moçambique e São Tomé e Príncipe
Já Moçambique que esteve representado por 3 atletas, 1 masculino e 2 atletas mulheres, teve uma jornada sem vitórias e terminou a prova sem qualquer pontuação.
Por último São Tomé e Príncipe contou com um representante, Roldeney de Oliveira, na categoria de peso de -73 kg, tendo sido uma estreia para o judo santomense. O jovem atleta que teve oportunidade de realizar a sua primeira prova internacional em Portugal deu um salto em frente com esta participação e nível do continente africano.
Pedro Guarinho acompanhou Roldeney
Pedro Guarinho, treinador da Universidade Lusófona, esteve presente no Campeonato Africano de Casablanca numa missão de apoio e enquadramento técnico-competitivo do jovem atleta santomense Roldeney de Oliveira. Registámos as suas opiniões sobre a prova realizada em Casablanca.
“Em relação ao campeonato africano, considerado pelos europeus um campeonato talvez mais “fraco” com nível técnico mais baixo. A verdade e que foi um campeonato muito disputado em algumas categorias onde certos atletas já sobem aos pódios de Grand Slams e Grand Prix. Muitos dos atletas dos países oriundos do Norte de África já treinam fora e são bastante evoluídos tecnicamente (Marrocos, Argélia e Egito).
Dos países da África Subsariana já podemos observar um maior desenvolvimento a nível técnico, desde atletas a treinadores. Talvez daqui a alguns anos se venha a ver os resultados dessa aposta. O campeonato africano também tem recebido alguns atletas naturalizados do continente europeu, presenças que fazem subir a fasquia da qualidade. Por sua vez estes atletas conseguem, através do continente africano, alcançar alguns resultados que no país da origem seriam quase impossíveis e iremos, com certeza, ver alguns deles nos próximos Jogos em Paris”.
DRIS Messaoud Redouane (ALG) venceu na categoria de peso de -73 kg