06/10/2024

Qualificações, tudo mais claro, mas ainda há muito por esclarecer  

O que falta saber e fazer para que a lista dos 372 seja definitiva? 

A lista dos atletas qualificados foi publicada nos termos da calendarização estabelecida, mas até dia 8 de julho há ainda matéria relevante que pode conduzir a uma reformulação desta primeira informação das qualificações e consequentemente proporcionar os tais “pequenos milagres” ansiosamente aguardados. 

Eles já ocorreram em diversas variações e o “milagre potencialmente realizável” já  se confirmou em circunstâncias totalmente imprevisíveis. Recordemos que atletas que já se tinham despedido do processo, que foram repescados e que recuperaram uma posição no lote dos qualificados, como é caso de Pedro Edmilson de Angola que beneficiou da exclusão da sua congénere Maria Niangi que foi apanhada nas malhas do doping. 

Vários atletas qualificados foram, entretanto, indicados como “não-elegíveis” por razões que só quem os assim classificou saberá. A mais recente exclusão, a da venezuelana Elvismar Rodriguez que contava com 2378 pontos em –70 kg, terá ocorrido pelo facto da atleta não ter cumprido com as regras do Alto Rendimento que obrigam à “indicação de localização para controlo anti-doping” a qualquer hora do dia, não podendo falhar mais de duas vezes seguidas. Luka Maisuradze, da Geórgia em –90 kg, com 4760 pontos encontra-se nessa situação de exclusão.  

As opções dos CO nacionais

O Comité Olímpico de Portugal confirmou que recebeu a comunicação formal com a indicação dos atletas portugueses qualificados. Nada de especial a assinalar. Apenas o registo informal do sabor amargo da não-qualificação da atleta Taís Pina que fica de fora por margem particularmente curta. A Equipa Portugal sairia bem reforçada com a sua participação.

Os Comités Olímpicos nacionais devem agora indicar formalmente as suas escolhas de entre os qualificados para cumprir a regra que estabelece que apenas um atleta de cada país, por categoria de peso e também na quota continental, pode participar na prova. Desta feita os franceses, que poderão apresentar atletas para competir em todas as categorias de peso por serem os anfitriões dos Jogos Olímpicos e os vários países que colocam mais do que um competidor no ranking dos qualificados, deverão transmitir até 3 de julho as suas opções. 

O que vai acontecer até à lista final?

Restam os 15 Wild Cards para representantes de países com baixa capacidade de qualificação de atletas para os Jogos Olímpicos na sua globalidade e no judo de forma mais específica que são neste momento uma grande incógnita. Não se sabe se foram realizados pedidos para utilizar esse recurso excecional e associando esses 15 aos 5 convites para completar equipas de países que tenham qualificado 5 atletas depreende-se que ainda ficam 7 lugares para atribuir a atletas femininas já que as regras da paridade obrigam a que dos 20 lugares em análise [15+5] 10 terão que ser masculinos e outros 10 femininos. Como 3 lugares femininos já foram preenchidos seria nos restantes 7 que algo pode acontecer.

Tais Pina está a 3 pontos da atleta israelita que foi repescada para o ranking olímpico que permite a qualificação direta. Para a atleta dos –70 kg só esta linha de qualificação interessa já que a vaga na quota continental está preenchida por João Fernando. 

Ninguém quer o mal de ninguém, mas com estas últimas movimentações por via das regras de qualificação e outras por motivos que têm levado a “não-elegibilidade” de alguns qualificados, não custa nada alimentar uma pequena esperança e vigiar a luzinha no fundo do túnel. Nas mais recentes opções o facto do Kiribati ter decido que a sua representação judo nos Jogos Olímpicos será através da atleta feminina Nera Tiebwa e não através do atleta masculino com os mesmos pontos [10] Tebania M. reduziu um pouco as margens ao ocupar uma vaga feminina no xadrez das probabilidades. 

Saito foi a Lima treinar Tai-otoshi 

Saito em Lima

Para cumprir os seus objetivos no processo de gestão dos cabeças de série e das confrontações com Teddy Riner e Tasoev na categoria de peso de +100 kg nos Jogos Olímpicos de Paris, Saito participou no Open de Lima e concluiu os seus combates contra os seus adversários em alguns segundos ou pouco mais de 1 minuto. 

Com a colaboração de Paulo Esteves

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