Praga foi feminina
Fábia Conceição conquistou prata e Raquel Brás atingiu o 7º lugar
Já não é surpresa nenhuma que, de uma forma geral, o desempenho de atletas femininas em provas internacionais seja superior aos restantes membros das comitivas nacionais que também integram atletas masculinos.
Judo em Praga, juniores, © V. Pazdera
A composição da Equipa Portugal – Judo para os Jogos Olímpicos confirma esta tendência, dos sete representantes nacionais, 5 são atletas femininas [ Catarina Costa, Taís Pina, Bárbara Timo, Rochele Nunes e Patrícia Sampaio].
Em Praga foram duas atletas do Sport União Sintrense, Fábia Conceição e Raquel Brás, que se destacaram na prova, com mérito muito especial para a primeira que subiu ao segundo lugar do pódio. Os bons resultados da atleta que participa na categoria de peso de -78 kg colocam-na em excelentes posições no ranking europeu e mundial.
Prata no Open de Praga – Juniores constitui uma conquista de grande importância para a atleta e para o judo nacional. Já Raquel Brás em – 57 kg realizou um percurso seguro até ser confrontada com Beatriz Comanche, uma brasileira que está em grande progressão e que tem participado no Grand Prix de Portugal. Raquel não conseguiu ultrapassar a judoca-militar do Brasil e teve oportunidade de através da repescagem chegar à disputa de uma medalha de bronze. Mas se o seu primeiro combate nesta fase contra a alemã Krause lhe correu bem, já no decisivo, contra a italiana Terranova, as aspirações a ir mais longe foram rapidamente erradicadas com a vitória em alguns segundos da atleta transalpina através de uma chave num dos seus braços.
Duas atletas com resultados diferentes em termos de impacto nas suas carreiras desportivas mas demonstrando ambas uma solidez e maturidade que devem ser valorizadas. Neste plano importa destacar a sistemática ligação do judo pé-chão que Raquel Brás consegue realizar e da sua persistente atuação na procura do controlo das suas adversárias no chão.
