Tsunoda do Japão e Smetov do Cazaquistão são os novos campeões olímpicos dos superleves

Um ambiente de grande festa na Arena Champ de Mars revela também um público caseiro
Canta-se a Marselhesa durante os combates para apoiar os atletas gauleses e parece que a casa vai abaixo quando os atletas franceses entram em cena. Uma coisa é certa o judo em França para além dos 500.000 praticantes tem um núcleo incrível de milhares de adeptos que vibram com a sua modalidade.

Tsunoda a vencedora da categoria de -48kg foto ©IJF
Na Arena Champ de Mars o arranque do judo contou com casa cheia e com muitas emoções. Registaram-se incidentes com a arbitragem e sobretudo com uma atitude pouco habitual de reclamação dos atletas que se sentiram prejudicados. No caso da sueca Tera Babulfath, que viria a conquistar a medalha de bronze, os protestos ocorreram na meia-final no combate que disputou com a futura campeã olímpica Tsunoda.
A vitória de Smetov na final dos -60kg calou momentaneamente os gritos de incentivo ao judoca Luka Mkheidze “Luka, Luka”, isto depois da Comissão de Arbitragem ter atribuído um wazari ao atleta cazar por uma ação cujo efeito teria sido aparentemente ultrapassado. Foi um balde de água fria na Arena que acabou por confirmar o distanciamento necessário dos árbitros em relação ao ambiente caseiro que domina num pavilhão que revela algumas deficiências no plano do apoio logístico a quem vem assistir e participar na festa.
Carlos Ribeiro em Paris, Jogos Olímpicos 2024