As associações é que vão pagar o défice
CURTAS – Assembleia Geral da FPJ apreciou e votou o Plano de Atividades e o Orçamento para 2025
ENTREVISTA – Carolina Costa | Reações à aprovação do Orçamento 2025 da FPJ | JM Judo Magazine
A Associação Distrital de Judo de Lisboa foi categórica na formulação utilizada para justificar o voto contra num orçamento que segundo Carolina Costa, presidente da maior organização de judo do país “vai reduzir as dotações financeiras mensais às associações em montantes que aparentemente podem parecer reduzidos, mas que na realidade são um sinal claro que os dirigentes atuais da federação quererem que sejam as associações a pagar o défice que foi sendo agravado ano após ano”.
Carolina Costa, Presidente da Associação Distrital de Judo de Lisboa
Alguns delegados que votaram na Assembleia Geral terão optado por conceder o benefício da dúvida ao novo elenco diretivo e abstiveram-se [9 abstenções], mas a dirigente do judo da Região de Lisboa considerou que não tinha alternativa senão votar contra “A abstenção nesta matéria concreta pode significa, de forma involuntária, uma concordância com uma redução na ordem dos 10% dos valores que serão disponibilizados para as atividades da modalidade e eu não podia aceitar esta regressão”.
Carolina Costa adiantou-nos que as consequências destas medidas no âmbito do Orçamento serão em primeiro lugar a diminuição de provas que serão organizadas no próximo ano “Não se fazem omeletes sem ovos e o judo vai reduzir a sua atividade em 2025” afirmou ao mesmo tempo que criticava “as formulações ambíguas dos documentos e a ausência de propostas concretas para levar à prática as muitas generalidades que são adiantadas nas estratégias” insistiu a presidente da ADJL.
As ambiguidades favorecem as decisões autocráticas como é sabido já que a votação no documento apresentado acaba por não amarrar os proponentes a metas concretas e a objetivos precisos, exequíveis e controláveis.
No entanto Carolina Costa fez questão de salientar que concorda com a contração proposta no documento relativamente à organização de provas internacionais. “Outras federações europeias, mais poderosas e com mais dinheiro que a FPJ, não as querem. Terão certamente as suas razões para esta atuação já que de uma forma geral são iniciativas que dão prejuízo” salientou a nossa interlocutora que clarificou que esta orientação que considera correta não era suficiente em termos substantivos para alterar o seu voto de rejeição do Orçamento para 2025.