As taxas de Aveiro
Associação Distrital de Judo de Aveiro aplica taxas sobre salas e não apenas sobre clubes
Imaginem que o Clube Hajime, o maior clube de Judo do país, que orienta e dinamiza uma quarentena de centros de judo, em escolas, em colégios, em centros locais, tivesse que pagar uma taxa de inscrição de 50€, por centro, à Associação Distrital de Judo de Lisboa. Teríamos então um valor de 2000€ a pagar pelo clube para poder inscrever os praticantes na Federação Portuguesa de Judo e assim poder participar nas atividades desportivas da modalidade.
Judo em Aveiro
Judo inclusivo
A decisão de aplicar esta taxa de 50€ por sala está a provocar uma tensão nos clubes aveirenses, nomeadamente na Associação 4Judo Project que tem vindo a expandir as suas atividades em diversos polos e a proporcionar a prática da modalidade a inúmeros jovens nas freguesias e nas escolas do distrito.
Algumas destas iniciativas inscrevem-se numa estratégia de judo inclusivo tendo por finalidade a participação de jovens de bairros desfavorecidos [veja-se o projeto Reação apoiado pelo Programa Nacional Bairros Saudáveis].
Procurámos saber das razões desta decisão da direção da ADJA
Gostaríamos de ter em conta as razões que levaram a esta decisão e solicitar um comentário ao seguinte:
a) esta decisão foi tomada pela direção ou pela Assembleia Geral com a possibilidade dos clubes debaterem o assunto?
b) quantos clubes e que clubes, no distrito, são afetados pela decisão, ou seja quantas salas serão taxadas nesta nova base?
c) nas medidas de incentivo à ampliação territorial do judo, ou seja mais locais de prática do judo e mais praticantes, esta medida não parece contrariar uma estratégia de desenvolvimento da modalidade?
Para diversificar a informação sobre o tema, têm conhecimento de práticas similares que poderíamos referir em abono da decisão tomada?
Mas não obtivemos qualquer resposta
A questão mais relevante ou talvez mais significativa prende-se com a interrogação sobre o apoio à expansão e desenvolvimento da modalidade no território “nas medidas de incentivo à ampliação territorial do judo, ou seja, mais locais de prática do judo e mais praticantes, esta medida não parece contrariar uma estratégia de desenvolvimento da modalidade?”.
Assim o recente alerta de Carolina Costa, Presidente da Associação de Lisboa, sobre as consequências das medidas restritivas que a FPJ impôs às associações distritais parece ter todo o sentido. Por outro lado, este tipo de medidas, a serem tomadas, poderiam ser realizadas em diálogo com as associações e com a própria federação. Acontece exatamente o contrário, o Presidente da FPJ já prometeu uma resposta sobre o assunto há mais de um mês e até agora não fez chegar aos interessados qualquer comunicação sobre a matéria.
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Editado 11/11 as 14h57 – correção da frase “não fez chegar aos interessados# .