22/05/2025
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 Jovens cadetes sonham, choram e sorriem como ninguém 

No fundo da escada a conversa era realizada quase em silêncio. As palavras sóbrias misturavam-se com gestos de apoio e com toques ocasionais no ombro e nos cabelos amarrados de Beatriz. Algumas lágrimas corriam vagarosamente no seu rosto. Reconhecemos o nome Grecu de outras bandas e situações de Zona Mista em provas internacionais.  

Estas situações de acompanhamento pelos amigos quando a prova não está a correr bem constitui uma das práticas concretas da amizade que a modalidade inscreveu como um ponto forte das vivências de todos aqueles e aquelas que decidem vestir o judogi. 

Beatriz confessou-nos que o seu objetivo de vencer a prova não se iria concretizar depois da derrota, que aconteceu num combate uns minutos antes, com uma adversária cujo nome não se recordava. Estava inserida numa poule de cinco e ainda lhe restava enfrentar o desafio de dois outros combates. Uma virose recente tinha interferido na sua boa forma física e teve que reduzir o seu peso em quatro quilos. Estava bem, mas não tão bem como desejava. Sentada, no fundo da escada, estava a recuperar forças para a fase seguinte da prova. Uma coisa é certa, não ia desistir, antes pelo contrário o seu objetivo agora era outro: ultrapassar as lágrimas e conquistar a segunda posição no pódio. 

Quando a fotografámos adiantou-nos “Aie! Espere aí, deixe-me melhorar o cabelo. Sabe, eu sou tipo Miss!” declarou com um enorme sorriso. 

Beatriz Grecu

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