Catarina Costa e Yahima Ramirez no movimento olímpico

Duas atletas do judo são candidatas à direção da Comissão de Atletas Olímpicos
O Comité Olímpico de Portugal divulgou os catorze atletas que se apresentam a sufrágio nas eleições marcadas para dia 5 de maio das quais resultará uma nova direção da CAO cujo mandato terminará em 2029.
“São eleitores para a Direção da CAO os atletas participantes nos Jogos Olímpicos, no ativo ou retirados, que tenham participado em pelo menos uma das seguintes edições dos Jogos Olímpicos de Verão ou de Inverno Londres 2012, Sochi 2014, Rio 2016, Pyeongchang 2018, Tóquio 2020, Pequim 2022 e Paris 2024.
Dos 14 candidatos, nove serão eleitos para a direção da CAO, sendo que cada eleitor poderá votar em até 9 candidatos” clarificou o COP na sua informação sobre este processo eleitoral.
Catarina Costa
Catarina Costa que integra a atual Comissão adiantou-nos que “ainda faço parte da Comissão, apenas me candidatei para dar continuidade ao trabalho que tem sido feito”[1].
Por sua vez Yahima Ramirez candidata-se com uma visão e um plano de atuação que nos comunicou de forma justificada e fundamentada.
Yahima Ramirez
“Com profundo sentido de missão e um forte compromisso com os valores do desporto e do Movimento Olímpico, apresentei a minha candidatura à Comissão de Atletas Olímpicos de Portugal.
Ao longo de 13 anos representei com orgulho a Seleção Nacional de Judo de Portugal, após já ter integrado, durante 7 anos, a prestigiada Seleção Cubana. A minha carreira de atleta de alto rendimento foi pautada por uma entrega incondicional, resiliência fora do comum e uma paixão inabalável pelo desporto.
Esta caminhada foi vivida lado a lado com a maternidade (sendo mãe de dois filhos, um deles com necessidades educativas especiais), com a vida conjugal e com uma carreira profissional enquanto docente na Escola Superior de Desporto de Rio Maior, numa realidade imigrante onde o apoio familiar direto era inexistente.
Experiência e motivação
Participei em quatro ciclos de preparação olímpica (Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020-21), fui sete vezes Campeã Nacional e conquistei um vasto currículo internacional: medalhas em Campeonatos Europeus, Taças do Mundo, Taças da Europa, Jogos da Lusofonia, Grand Slam, Grand Prix e torneios de prestígio mundial.
Fui também nomeada Personalidade do Ano pela revista Lux no ano 2012 pelos resultados desportivos obtidos em 2011, fui distinguida com a Medalha ao Mérito Desportivo pela Federação Portuguesa de Judo (da qual também recebi menções honrosas) e com o grau Prata pela Câmara Municipal de Rio Maior, entre outras menções que reconhecem uma vida dedicada ao desporto.
Já integrei esta Comissão como vogal durante o ciclo do Rio de Janeiro 2016, fui embaixadora do Movimento Gentil promovido pelo COP e participei ativamente em diversas ações de formação e iniciativas educativas ligadas ao Olimpismo. Esta vivência confere-me um olhar amplo e empático sobre as múltiplas dimensões da vida do atleta: a competitiva, a humana e a social.
Razões de uma candidatura
Candidato-me a CAO com a convicção de que a minha voz poderá continuar a ser útil, inspiradora e representativa. Trago comigo uma experiência real, vivida e sentida no terreno, o conhecimento profundo das exigências do alto rendimento e, sobretudo, uma vontade firme de contribuir ativamente para a valorização dos atletas, para a promoção dos seus direitos e para o desenvolvimento sustentável do desporto português.
Acredito que posso ser um elo forte entre os atletas e as instituições, alguém que compreende e respeita as suas lutas, aspirações e desafios, e que está pronta para agir com ética, sensibilidade e determinação”.
[1] NdR – Catarina Costa, sendo membro da atual CAO – Comissão de Atletas Olímpicos poderá realizar declarações, caso tal se justifique, depois do ato eleitoral. De momento não deseja realizar qualquer depoimento sobre o assunto.

Catarina Costa pretende dar continuidade ao trabalho que está a realizar na CAO