O que é nacional é bom?
Primeira jornada de um Nacional de Seniores e Paralímpicos com cheirinho a internacional
Os mais pesados abriram a prova que se prolonga para o resto do fim-de-semana e foi particularmente estimulante rever em competições nacionais atletas que reservam as suas energias para outros palcos, noutros pontos do globo, exceção feita do Grand Prix de Almada que integra o World Tour da Federação Internacional de Judo.
Mas se a presença de atletas do projeto olímpico no Nacional de Seniores representa uma mais-valia significativa, como aliás aconteceu recentemente com a Taça Kiyoshi Kobayashi, constata-se que a densidade da prova na sua globalidade é fraca e que o número de participantes por categoria de peso não é, por vezes, digna de uma prova nacional.
Terá assim sentido o questionamento que é realizado sobre a fórmula existente para apurar os Campeões Nacionais assim como para identificar potenciais participantes nas seleções para provas internacionais com participações alargadas tendo por base critérios objetivos. Acresce que não existe, no judo português, a figura do selecionador, da selecionadora nacional ou de uma Comissão Técnica para as seleções.
Flexibilidade na arbitragem
No plano técnico, a prova que serve para reforçar as competências de árbitros internacionais experimentados como Paula Saldanha e Paulo Guerra serve ainda para testar árbitros e árbitras em progressão na carreira. As decisões na arbitragem tendem atualmente a ser sustentadas coletivamente tendo por base as tecnologias de reprodução e visualização de conteúdos em cima da hora. No entanto, nem sempre existe consenso sobre a interpretação das imagens e os treinadores têm o direito de ser esclarecidos sobre a base da tomada de decisão. Este é um ponto positivo, que não resolve as divergências que se podem verificar, mas esclarece os pontos de vista e favorece o diálogo entre as partes.
Nesta primeira jornada a presença de algumas atletas como Bárbara Timo e Rochele Nunes foi notória a par de outros “olímpicos” que deram um colorido internacional à competição.
Rochele Nunes e Bárbara Timo participaram no CN Seniores
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