REPORTAGEM JM – Campeonato AS de cadetes encheu pavilhão de Almada de vida e emoções

A complexidade do judo como modalidade desportiva individual reflete-se à perfeição nestes eventos nos quais assistimos a ume espécie de paradoxo quase inexplicável. A atleta ou o atleta avança para o tapete, faz a saudação por três vezes, levanta os braços para a ou o adversário depois do hajime do árbitro ou árbitra e está sozinho. Agora tem que fazer pela vida.

Mas antes, em todo o contexto de organização da prova, na interação com os treinadores e com os atletas do seu clube, nas conversas com familiares e amigos, afinal está ali um grande coletivo. Todo o ambiente que se respira é de um comunidade que faz de cada combate no tapete um grande teste ao sentido solidário que lhe é intrínseco.

Ninguém gosta de perder numa prova com esta importância, por isso vimos nos corredores do pavilhão algumas lágrimas a soltarem-se dos olhos de jovens atletas que queriam ir mais longe. Mas, mesmo nestas situações de alguma tristeza, está alguém abraçado a consolar e a reafirmar o sentido de solidariedade que faz as equipas.

Para quem gosta de desporto e de pessoas, este é o verdadeiro campeonato. O campeonato dos e das atletas, das equipas, das pessoas que sorriem, que se abraçam e que cumprimentam educadamente quem passa.

A magia dos cadetes é feita de inocência e de algo que poderíamos denominar de “vontade de futuro”. Poder assistir e partilhar, nem que seja um pouco, desta poção mágica é um de facto um privilégio.

Judo Magazine no Pavilhão Cidade de Almada

SOBRE O AUTOR | Editor

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *