Discriminação de Joana Crisóstomo objeto de inquérito no IPDJ

Convocatória para a Assembleia Geral Extraordinária de janeiro ainda não foi divulgada

O tema do não-cumprimento de Regulamentos da própria Federação Portuguesa de Judo vem agora adicionar mais uma acha para a fogueira da situação incendiária na qual o judo se encontra no campo da governança da modalidade.

Joana Crisóstomo terá sido vítima desta atuação ilegal já que os critérios estabelecidos para a seleção de atletas para provas internacionais estão claramente definidos e será difícil contrariar algo que pode ser verificado de forma objetiva.

Clube de Judo da Lusófona à espera

O Clube de Judo Lusófona não tem ainda indicações concretas sobre as démarches que estão em curso e que se enquadram, elas também, num processo de inquérito, da mesma forma que o foram aquelas que levaram à destituição do Presidente Jorge Fernandes muito recentemente.

No processo de auscultação sobre as irregularidades do Presidente da FPJ, relacionadas com incompatibilidades no desempenho de funções na modalidade, o clube de judo da universidade em causa relembrou a matéria que foi oportunamente comunicada e formalmente exposta às autoridades que supervisionam o desporto nacional. A interpelação então realizada, por sinal ainda no tempo do anterior Secretário de Estado João Paulo Rebelo, terá ficado esquecida ou pelo menos congelada.

Divergências nos selecionadores

Sabe-se que a opção de preterir a judoca da Lusófona para proporcionar oportunidades internacionais à atleta de Coimbra, Joana Diogo, remete mais uma vez para a intervenção do Presidente agora destituído que terá favorecido uns em detrimento de outros. As decisões neste plano desportivo terão sido tomadas contra a opinião dos próprios selecionadores nacionais. Apesar da divergência que foi expressa na altura, não surgiram manifestações de oposição quando a escolha indevida foi levada à prática.

A não participação de um ou de uma atleta num Campeonato da Europa, ou provas similares, por decisão administrativa pode em última análise provocar danos irreparáveis à carreira dos judocas que integram provas a esse nível num percurso determinante da sua preparação e são forçados a reformular a sua dinâmica e o seu plano por motivos que não terão sido nem desportivos, nem de saúde.

Corte de relações

Em última análise pode sempre surgir a pergunta se o facto de Jorge Fernandes ter decidido, numa atuação insólita para um dirigente federativo, de cortar relações com o Clube de Judo Lusófona e com a própria Universidade, não terá aqui o seu ponto de partida para a aparente hostilização que se terá verificado nas decisões sobre atletas do clube e do estabelecimento de ensino superior.

Uma coisa é certa muito brevemente teremos eco desta matéria adicional ao processo de destituição e convocatória de novas eleições para os Órgãos Sociais da FPJ que, pelos vistos, não estará a ser consensual apesar das declarações de Carlos Andrade, Presidente da Mesa da Assembleia Geral, à Judo Magazine na semana passada.

Foto @IJF

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