Patrícia Sampaio dominou mas Izumi não perdoou

Atleta de Tomar conquistou a medalha de prata no Grand Slam de Astana

Mais uma vez se comprovou que dominar um combate em todos os aspetos, táticos e técnicos, não é suficiente para vencer. Às tantas não se deve desvalorizar a capacidade de uma atleta colocar a sua adversária numa postura defensiva permanente. Para tal a energia, o ritmo e a vontade de vencer, associados à boa execução técnica, com diversidade de soluções, constituem um ponto de partida quase inquestionável para uma vitória que se torna quase inevitável. Mas esta lógica funciona se não forem cometidos erros que facilitem, em contra-corrente, um controlo momentâneo do combate pelo adversário, o tempo suficiente para neutralizar todas as ações anteriores.

Sempre na ofensiva

Patrícia Sampaio, no combate da final da categoria de peso de -78 kg, fez tudo o que havia para fazer para levar de vencida Izumi, a sua opositora japonesa. Atacou sempre com eficácia, mudando de direção, recorrendo a técnicas como sasae-tsuri-komi-ashi para perturbar e antecipar os ataques da atleta nipónica. Aos dois minutos de combate quase que pontuou wazari com uma projeção que na verificação vídeo ficou demonstrado que a regra dos 90º não tinha tido aplicação e a arbitragem esteve bem.

Quando Izumi foi penalizada pela segunda vez com shido tudo indicava que a fase final iria ser tática, com Patrícia Sampaio a pressionar a terceira penalização da adversária. Mas em vez desta antecipação natural da evolução do combate, aconteceu um erro inesperado da atleta de Tomar que depois de um seoi-nage ineficaz criou condições para que a sua opositora a imobilizasse e vencesse por ippon.

Prata que conta para Paris

Uma grande prova da atleta da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais que conquista uma medalha de prata em Astana depois de um percurso vitorioso nomeadamente sobre Malonga, a francesa que raramente falha um pódio nas provas internacionais e que é 10ª no ranking mundial.

Fotos © IJF Feliciantonio Emanuele

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