O DIA-A-DIA DOS JOGOS | Tóquio 2020

O judo tem as suas rainhas. Rainhas a sério, porque conquistam reinos impossíveis. Não são altezas do faz-de-conta, exercem a sua suserania de forma legitimada. É tal a empatia com elas que todos cedem de bom grado no reino dos corações.

E importa recordar que no NIPPON BUDOKAN, na primeira edição dos Jogos Olímpicos realizados em 1964, elas estiveram ausentes. Agora olhamos para os sorrisos, para as lágrimas, para os gritos de alegria, para as saídas da área de competição, para os abraços às treinadoras e treinadoras depois da vitória, para as mensagens de esperança e de humildade e afirmamos: o que perdemos todos nós por elas não terem estado lado a lado com Geesink e todos os outros, na primeira edição.

Clarisse

Hoje uma rainha subiu ao Olímpo acompanhada por trompetes de glória a tocar música de Berlioz ou Rossini.

Mesdames et messieurs apresentamos CLARISSE AGBEGNENOU Campeã da Europa, Campeã do Mundo e agora Campeã Olímpica.

Outras rainhas

Não seria justo referir apenas a campeã francesa quando estamos a enaltecer outras dimensões que não apenas as desportivo-competitivas e impõe-se um destaque às três atletas portuguesas que já pisaram o palco do Nippon Budokan nesta olimpíada.

Tóquio 2020

Rainhas lusas no Nippom Budokan

Catarina Costa, Joana Ramos e Telma Monteiro não chegaram às medalhas mas conquistaram dos portugueses um enorme respeito pelo trabalho de preparação realizado e pela mensagem que fizeram passar: é excelente conquistar medalhas mas esta meta não é tudo. A par do objetivo central que consiste prioritariamente em subir ao pódio, importa ser excelente noutras dimensões e assumir a condição de atleta integral. Realizar em diversos domínios uma combinação harmoniosa que não transforme os super atletas em atletas robôs orientados exclusivamente para as vitórias desportivas.

Joana Ramos
Catarina Costa
Telma Monteiro

SOBRE O AUTOR | Editor

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *