O nono de Neil
@Judo Magazine | 20 de junho 2020
Quando Neil Adams trocou Londres por Paris e assumiu em 1987 o comando técnico do Racing Club de França a surpresa foi total. Ainda por cima a sua contratação teve por objetivo substituir Shozo Awazu que era uma referência mítica para todos os judocas que iniciaram a prática da modalidade em França nos anos sessenta e setenta do século passado. Neil Adams mostrou, com esse passo imprevisto, que era diferente do comum dos campeões daquele tempo. O título que lhe era atribuído de Mr. Judo justificava-se plenamente.
A anúncio divulgado por Bernard Nicolas, Presidente do RCF naquele período histórico do crescimento exponencial do judo no Hexágono, deu que falar tendo posto em causa a tradição na modalidade de manter os equipas técnicas à frente dos clubes por ciclos longos. Afinal de contas o judo tinha hábitos bem diferentes do futebol profissional no qual a dança de treinadores era prática corrente.
Mr. judo and the Voice
Com a entrega do diploma com a graduação de 9º Dan em Paris, em Fevereiro 2019, por ocasião do Grand Slam, a Federação Internacional de Judo, através do Presidente Vizer, promoveu informalmente uma fusão de denominações que popularizam o britânico que foi, para além de campeão do mundo, cinco vezes campeão europeu e medalhado de prata em dois Jogos Olímpicos sucessivos: Mr. Judo e The Voice of judo world.
Adams global
Não é por acaso que o principal comentador das provas internacionais do circuito hiper-profissional que a FIJ enquadra e promove nos cinco continentes todos os anos é hoje uma figura central e consensual em todos os países cujas federações estão filiadas no organismo que regula as práticas e iniciativas da modalidade. A sede espiritual e guardiã da tradição do judo continua a ser o Kodokan, em Tóquio, que mantém prerrogativas especiais na estrutura global da modalidade.
© fotos Revista Judo, IFJ e videos Neil Adams Effective Fighting Ltd
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